31 julho 2009

Vídeo sobre corticotomia na maxila

Este vídeo mostra uma corticotomia na maxila realizada por vestibular:



E por palatino:

Wilcko... o quê??

Ricardo Nader


No artigo anterior sobre tratamentos ortocirúrgicos rápidos o autor mostrou uma imagem de uma corticotomia e relatou que aquilo era Wilckodontics.

Wilckodontics é uma empresa criada pelos Drs. William e Thomas Wilcko , ortodontista e peridontista, que tem como objetivo divulgar e ensinar um procedimento denominado "AOO - Acelerated Osteogenesis Orthodontics".

AOO é um tipo de tratamento relativamente novo na ortodontia. Eles afirmam reduzir drasticamente o tempo do tratamento com uma cirurgia. Esta técnica tem a sua origem na Ortopedia e já foi usada desde o início de 1900. E somente agora foi modificada para ajudar no alinhamento dos dentes e correções de mordidas.

É uma corticotomia modificada por que não somente corta , mas um certa quantidade da cortical óssea também é removida. O osso então passa por uma fase chamada de osteopenia em que o seu conteúdo mineral é diminuído. Depósitos de cálcio do osso alveolar são liberados e novo osso é formado num período de tempo entre 20 a 55 dias. Enquanto o osso alveolar está nesta fase transitória, os braquetes podem mover os dentes rapidamente por que o osso está mais macio e há menos resistência ao movimento.

Mais informações:

1. Site Wilckodontics

2. Archwired

29 julho 2009

Tratamentos orto-cirúrgicos rápidos com dispositivos de ancoragem temporária como alternativa para cirurgia ortognática

Kyu-Rhim Chung, Seong-Hun Kim, and Baek-Soo Lee



Atualmente o número de pacientes de meia idade com problemas periodontais está aumentando, assim como a necessidade de tratamento ortodôntico nestes pacientes. Em adultos com biprotrusão maxilar, a correção deve envolver a extração de 4 premolares. Contudo, durante a retração, as características do osso alveolar pode oferecer resistência à remodelação óssea. Os limites anatômicos definidos pelas corticais ósseas alveolares ao nível dos ápices dos incisivos atuam como barreiras para a retração. Além disso, tratamentos que requerem fechamento de espaços de extrações têm um risco de terem efeitos colaterais, tais como perda óssea e reabsoção radicular em adultos com danos periodontais.



27 julho 2009

Dicas - moldagem com aparelhos

Moldagem de pacientes portadores de
aparelhos ortodônticos fixos
Laércio Nickel Ferreira Lopes


É muito difícil a confecção de modelos de gesso com fidelidade de detalhes da boca de pacientes portadores de aparelhos ortodônticos fixos sem a remoção desses aparelhos. A técnica de moldagem apresentada neste artigo é bastante simples, permitindo realizar tal tarefa com grande facilidade.



Método

a) Material de moldagem utilizado:
silicone por condensação do tipo pesado (Optosil ou similar)alginato.
b) Preparo do material:

1. Dosa-se meia medida de Optosil (Heraeus Kulzer - Alemanha) e 1 cm do catalisador. Essa proporção é a metade da medida indicada pelo fabricante e tem por finalidade aumentar o tempo de presa do material, o que facilitará os procedimentos desta técnica de moldagem .

Dosagem do material

Confecção do Aparelho de protração mandibular - APM III

Esta modificação mais recente do Aparelho de Protração Mandibular fez com que sua confecção se tornasse mais fácil e rápida, reduzindo o desconforto e o número de quebras.

APRESENTAÇÃO DO APARELHO

Componentes

1. Tubo Maxilar: Composto por um pedaço de tubo telescópico (aproximadamente 27 mm) com 1.0 mm de diâmetro soldado a um fio de aço 1.0 mm (Dentaurum) em forma de “U invertido ou ferradura” em sua extremidade, formando o encaixe para a trava molar.



Perguntas ao Dr. Carlos Martins Coelho Filho

Ricardo Nader

Depois de ler o trabalho sobre APM entrei em contato com o Dr. Carlos Martins e mandei algumas perguntas. Dr. Carlos cordialmente respondeu. Segue:

"Olá Dr. Carlos, inicialmente gostaria de parabenizá-lo pelas respostas na coluna "pergunte a um expert" da revista Dentalpress edição de junho deste ano. Confesso que não uso o APM na minha clínica diária ( trato os meus pacientes com AEB, extrações e/ou microparafusos), mas a partir da leitura do seu texto me interessei pelo APM.
Surgiram algumas dúvidas e gostaria que o Sr. me respondesse."


24 julho 2009

Dicas - Fechamento de espaços parte 3

Esta á última parte das dicas sobre fechamentos de espaços feitas pelo Dr. Marcos Janson.
Nas duas dicas anteriores, foram enumeradas algumas situações que podem estar presentes dificultando o fechamento dos espaços de extrações e como resolvê‐las. No entanto , em alguns casos, observando‐se todas as causas possíveis, não se chega a um diagnóstico da demora no fechamento. Pode ser a densidade do osso, o tamanho dos caninos o padrão facial (que nos pacientes horizontais mostra‐se mais resistente)ou simplesmente não achamos explicação para o ocorrido. Sendo assim, utilizo dois artifícios que mostram-se eficientes, um para fechamento assimétrico e outro para bilateral:

1 – Fechamentos assimétricos: A resistência ao fechamento unilateral pode ocorrer tanto em casos que se extraíram dois pré‐molares no mesmo arco (um dos lados fechou normal e o outro resiste) (figs.1e2), quanto nas situações de extrações assimétricas. Para esses casos é realizado um procedimento de segmentação do arco de retração entre o canino e lateral ou entre canino e pré‐molar do lado oposto, e os dois segmentos são conectados por um gancho no próprio fio, formando uma espécie de “dobradiça”(fig.3). Dessa forma a resistência do fio é quebrada e o espaço fecha‐se com facilidade. É importante frisar que para realizar esse procedimento, pelo menos metade do espaço já esteja fechado, pois senão ocorrerá muita perda de inclinação dos incisivos, dificultando o fechamento em chave dos caninos, e deve‐se conjugar todo o hemiarco
do lado oposto até o canino do lado de retração, para não haver abertura de espaços na região anterior.

23 julho 2009

Considerações sobre o APM por Dr. Carlos Martins C. Filho

Na revista Dentalpress deste mês de junho foi perguntado ao Dr. Carlos Martins Coelho Filho quais eram as suas observações clínicas, o mecanismo de ação e qual o seu protocolo para utilização do Aparelho de Protração Mandibular o APM.

Dr. Carlos Martins tem experiência de 20 anos de uso deste aparelho e, segundo ele, o APM está presente de uma ou outra forma em aproximadamente 90% dos seus casos.







15 julho 2009

Livro Ravindra Nanda - Temporary Anchorage Devices in Orthodontics

Recentemente adquiri um exemplar do livro do Ravindra Nanda "Temporary Anchorage Devices in Orthodontics ".
Ele é muito bom pois boa parte é dedicado a mostrar aplicações clínicas dos mini-implantes na ortodontia.
Recomendado a todos os ortodontistas que se interessam nestes dispositivos, as opções e estratégias são muitas e são demonstradas de forma bem didática neste livro.
Link para compra no site AMAZON .

14 julho 2009

Artigo sobre aparelho extrabucal - AEB

Olá amigos, hoje venho falar sobre aparelho extrabucal. Nos dias de hoje tem sido cada vez mais incomum os ortodontistas utilizarem o AEB. Há uma tendência muito forte dos colegas utilizarem aparelhos intrabucais sejam eles de avanço de mandíbula ou os distalizadores nos tratamentos das más oclusões de cl II.
Eu pessoalmente não utilizo nenhum aparelho que tem como forma de ação o avanço de mandíbula.
Na minha clínica diária utilizo com muita frequência o aparelho extrabucal e tenho casos finalizados que ficaram muito bons e só reforçam a minha confiança nesta modalidade de tratamento.
O grande problema do aparelho extrabucal está na dependência direta da cooperação do paciente. É importante ressaltar, isto para os colegas menos experientes, que é possível através de persistência conseguir excelentes resultados. E posso afirmar que os meus casos de insucesso com o AEB foram bem poucos. E nestes casos de insucesso, normalmente recorro a extrações, microparafusos ( mini-implantes), barra transpalatina, elásticos associados a molas abertas, etc.
Vou colocar aqui um trabalho publicado na dentalpress de dezembro de 2004 escrito por Shimizu e colaboradores que considero extremamente completo e pode servir para ajudar muitos colegas.



Princípios biomecânicos do aparelho extrabucal
Roberto Hideo SHIMIZU, Aldrieli R. AMBROSIO, Isabela A. SHIMIZU, Juliana de GODOY-BEZERRA, Jucienne Salgado RIBEIRO, Katiane Regina STASZAK



Introdução


O objetivo do trabalho foi explicar os princípios biomecânicos da utilização do AEB em tratamentos das más oclusões de cl II de forma a minimizar os seus efeitos colaterais e maximizar os efeitos benéficos.

06 julho 2009

Dicas - Fechamento de espaços parte 2

Neste mês o Dr. Marcos Janson deu continuidade ao artigo sobre fechamento de espaços .


Dando prosseguimento ao diagnóstico do retardo no fechamento de espaços de extrações, iniciado na dica anterior, deve‐se observar:

5 – Prematuridade na região anterior – O contato prematuro os dentes anteriores acontece pela deficiência de trespasse horizontal adequado para prosseguir com a retração e pode ser causado por diversos fatores:

• 5.1 – Controle de torque deficiente – Durante a retração anterior, e particularmente nos casos de ClasseII com extrações superiores, pode ocorrer a perda de inclinação dos dentes ântero‐superiores em consequência da mecânica. Se isso for constatado, deve‐se parar a retração, amarrar o arco para não abrir espaços, promover o torque ativo necessário, aguardar a manifestação do resultado (trespasse horizontal adequado) que pode demorar por volta de 60 dias, e depois disso prosseguir com a retração.


Fig. 1 – Dificuldade de fechamento de espaço entre o lateral e o canino superior direito devido a
prematuridade na região.
Fig. 2 – Vista oclusal do contato.