29 junho 2010

Estudo comparativo da eficiência do aparelho extrabucal e da barra transpalatina

Ricardo Nader

Estudo comparativo da eficiência do aparelho extrabucal e da barra transpalatina como meios de ancoragem durante a fase de retração
Marcos Salomão Moscardini


Introdução

Os meios de ancoragem são fundamentais em Ortodontia. A ancoragem extrabucal se tornou popular com Kloehn, que foi o grande divulgador
dessa terapia, estabelecendo sua utilização nos moldes como é conhecida atualmente. A questão da cooperação poderia ser equacionada conferindo-se um aumento de ancoragem por meio de dispositivos que não permitam a remoção pelo próprio paciente.

Patenteada por Goshgarian14, a Barra Transpalatina (BTP) corresponde a um dos meios de ancoragem ortodôntica com essa característica.

Pretendeu-se, no presente estudo, avaliar comparativamente a eficiência de dois meios de ancoragem: o aparelho extrabucal, passível de remoção pelos pacientes, e a barra transpalatina, dispositivo intrabucal, cuja utilização independe da cooperação do paciente.

Objetivou-se avaliar comparativamente, por meio de telerradiografias obtidas em norma lateral, a eficiência da barra transpalatina e do aparelho
extrabucal como meios auxiliares de ancoragem dos primeiros molares superiores durante a fase de retração dos dentes anteriores em tratamentos ortodônticos que envolveram exodontias de prémolares,
sob dois aspectos:

1) Quantitativo – relacionado com a magnitude
de movimento mesial do molar;

2) Qualitativo – relacionado com o tipo de movimento
do molar (inclinação mesial da coroa).

Resultados e discussão

Os resultados obtidos demonstraram que não houve diferença significante
entre o AEB e a BTP no que diz respeito à movimentação mesial dos primeiros molares superiores, tendo em vista que ambos dispositivos permitiram uma magnitude semelhante de movimento, considerada aceitável, não desabonando sua eficiência no controle de ancoragem.

Entretanto, sob o ponto de vista da inclinação mesial da coroa dos primeiros molares superiores, ou seja, o aspecto qualitativo da perda de ancoragem, o AEB se mostrou mais eficiente que a BTP, proporcionando uma menor magnitude deste movimento.

Vale ressaltar que algumas combinações entre o braço interno e externo do AEB permitem o controle desse movimento, o que não acontece com a BTP.

Os resultados provindos deste trabalho demonstram que, apesar de serem bons dispositivos auxiliares de ancoragem, quantitativamente, ambos permitiram uma migração mesial dos molares de aproximadamente 2,3mm, quando utilizada a metodologia presente neste trabalho, assim como, um inclinação mesial da coroa de 2,25 ± 0,849º quando utilizado o AEB como meio auxiliar de ancoragem e de 2,97 ± 0,670º quando utilizada a barra transpalatina.


Mais detalhes sobre a metodologia do estudo podem ser vistos no artigo completo aqui.

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