Ricardo Nader
Há alguns dias publiquei umas imagens e pedi que dessem sugestões em relação ao tratamento de um canino incluso. A razão para isso foi que na revista DentalPress edição fevereiro/março de 2010 um artigo foi publicado com um caso muito semelhante ao meu.
Vejam o artigo:
Tracionamento de um canino inferior em posição desfavorável
Sérgio Kubitsky, Marcio Guimarães Kubtsky, Leopoldino Capelozza Filho, Terumi Okada Ozawa
Relato do caso
Paciente do gênero feminino, 12 anos e 3 meses de idade procurou o serviço de Ortodontia apresentando a ausência clínica do dente 43. Apresentava má oclusão de cl II, mordida cruzada posterior, desvio da LM inferior para o lado esquerdo e persistência do dente 83.
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Foi sugerido o tracionamento desse dente após esclarecimento pleno das condições inerentes a tal abordagem. Além do tracionamento, o plano de tratamento consistiu de expansão rápida da maxila e a extração dos dois primeiros pré-molares superiores. Não consideraram a opção de usar AEB - arco extrabucal.
Principalmente através da telerradiografia lateral verificou-se que havia espaço entre as raízes dos incisivos e o dente impactado devido à sínfise ser larga.
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Após instalar o aparelho fixo Straith-Wire, seguiu com o tratamento até o fio retangular no arco inferior. Neste momento utilizou-se uma mola aberta com o objetivo de obter espaço para acomodar o canino e para acertar a linha mediana.
De acordo com Consolaro, o espaço necessário para o dente a ser tracionado deveria considerar uma vez e meia a distância mesiodistal do canino. Isso é exagerado e quase sempre impossível. Essa afirmação do autor eu achei muito interessante por que mais de uma vez ouvi o próprio Consolaro falar isso e sempre que passei pela situação de tracionar um dente incluso nunca consegui colocar esta distância.
Iniciou-se o tracionamento usando o arco retangular inferior como ancoragem, através de forças ortodônticas leves, 100 gramas-força.
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O tracionamento foi acompanhado com frequência clínica regular, através da palpação da região da sínfise; e radiograficamente, seguindo a trajetória do canino em relação às raízes dos dentes adjascentes.
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3 comentários:
Belo caso!!
viva a ortodontia!
Super interessante!
fez lembrar um caso da especializacao onde o paciente tinha o 11 e 12 inclusos. Planejamos inicialmente (com as radiografias periapicais e panoramica) o tracionamento, mas depois na tomo vimos q a raiz do 11 estava dilacerada envolvendo o apice do lateral.
Parabens pelo blog! adoro!
Belíssimo caso, parabéns !!!
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