Ricardo Nader
Trabalho publicado na Revista SPO n 41 no ano de 2008, demonstra a identificação pela documentação ortodôntica de um indivíduo que foi encontrado carbonizado.
INTRODUÇÃO
A identidade é o conjunto de características, sinais ou propriedades físicas, psíquicas e funcionais, natas ou adquiridas e permanentes que diferenciam um indivíduo do outro.
A identificação humana é o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa, sendo a análise odontológica, um dos métodos rotineiramente utilizados, junto com outros parâmetros biológicos, como a análise papiloscópica, da íris e a análise genética.
Assim, a condição em que o corpo é encontrado determina a metodologia a ser empregada no processo de identificação. A considerável resistência dos dentes e dos materiais restauradores são fatores que viabilizam a utilização do método odontológico nas identificações post-mortem, principalmente nos corpos carbonizados e/ou calcinados, putrefeitos e esqueletizados. A indestrutibilidade é uma característica que confere ao dente maior resistência que o próprio osso e a altas temperaturas (600ºC - 650ºC).
Outro aspecto importante é o fácil acesso às documentações odontológicas, pertencentes ao prontuário do paciente, visto que o cirurgião-dentista tem o dever de preenchê-los e atualizá-los, conservando-os em arquivo próprio, como estabelece o Código de Ética Odontológica.