José Fernando Castanha Henriques
Caso Clínico
A paciente gênero feminino, 11 anos e 4 meses. Ao exame clínico, apresentava perfil convexo e altura facial aumentada. O exame intrabucal revelou que a paciente apresentava má oclusão de Classe II, 1ª divisão, fase de dentadura mista tardia, curva de Spee ausente e curva oclusoincisal moderada. Não havia desvio mandibular da relação cêntrica para a máxima intercuspidação habitual.
Na análise cefalométrica destacou-se as seguintes características:
- Perfis ósseo e mole convexos;
- Padrão de crescimento ligeiramente desfavorável, com ligeira tendência de crescimento vertical;
- Relação entre as bases apicais desfavorável, com a maxila protruída e a mandíbula ligeiramente retruída;
- Incisivos superiores retruídos e inclinados para palatino e os inferiores ligeiramente protruídos e inclinados para vestibular;
- Altura facial ântero-inferior (AFAI) normal;
- Mandíbula ligeiramente menor do que o ideal.
O plano de tratamento consistiu na utilização da ancoragem extrabucal occipital (I.H.G.), devido à ligeira tendência de crescimento vertical, associado ao aparelho fixo da Técnica de “Edgewise” simplificada.
A paciente utilizou o AEB somente à noite, durante 6 meses, obtendo a sobrecorreção da relação molar.
O tratamento ortodôntico corretivo durou 1 ano e 10 meses e a colaboração da paciente foi excelente.
Ao final, uma placa de Hawley foi instalada como contenção no arco superior, e, no inferior, utilizou-se uma contenção fixa de canino a canino.
Resultados
Observa-se que os resultados obtidos concordam com relatos anteriores da literatura:- Houve restrição de crescimento da maxila no sentido ântero-posterior;
- A relação entre as bases ósseas tornou-se satisfatória;
- Houve aumento expressivo do comprimento efetivo da mandíbula;
- Melhora do perfil facial;
- Os molares superiores apresentaram pequena extrusão, porém, dentro do esperado no crescimento normal da maxila; os molares inferiores mesializaram e extruíram. A pequena extrusão dos molares superiores denota que o AEB occipital (I.H.G.) foi eficiente no controle do crescimento vertical da face;
- Aumento normal da altura facial ântero-inferior.
Conclusão
O aparelho extrabucal occipital (I.H.G.) demonstrou ser um meio eficiente de controle do crescimento vertical da face, possibilitando um tratamento ortodôntico sem exodontias e com sensível melhora no perfil da paciente.
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